sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Baleado em assalto

Designação do trabalho:
O poder de uma arma.
Síntese do trabalho:
Um relojoeiro levou um tiro, enquanto tentava resistir a três assaltantes.
Seleccionei este trabalho porque:
Foi um desafio que me surpreendeu.
Na manhã do dia doze deste mês, um relojoeiro foi baleado numa perna quando tentava resistir aos três assaltantes que entraram na loja.
Um comparsa aguardou os seus colegas no exterior da loja e dentro de um carro roubado que lhes permitiu a fuga com “apenas alguns relógios e peças de ouro”, segundo uma fonte policial.
Os assaltantes conseguiram fugir, possivelmente a pé ou numa segunda viatura que os aguardava.
Quanto ao relojoeiro, foi assistido na urgência do hospital Curry Cabral, mas sabe-se que foi ferido sem gravidade.


Portugal era conhecido em termos de segurança como um país de ‘brandos costumes’, relativamente seguro no tempo da ditadura, o que agora não se verifica. Então, seria bom pensarmos no que mudou?
Nos últimos 30 anos o país desenvolveu-se de forma acelerada e quase tudo mudou. Criou-se uma classe média, absorveram-se cerca de 600 mil portugueses que vieram das ex-colónias, e elevaram-se muito os nossos níveis de consumo. O nº de carros em circulação inflacionou intensivamente, tal como a extensão de auto-estradas.
Hoje um considerável número de residentes é de nacionalidade estrangeira, e muitos portugueses vieram do interior para as grandes cidades do litoral. As drogas tinham níveis muito baixos de consumo, os consumos entretanto incrementaram também de uma forma alucinante.
Tudo isto teve consequências em termos de segurança e fez surgir a criminalidade de massas e a criminalidade organizada e violenta, aumentando consideravelmente o clima de insegurança. Concluindo, Portugal acompanhou a evolução dos tempos e pagou o preço de um desenvolvimento económico e social acelerado. E Infelizmente, a criminalidade em Portugal continua a aumentar numa insurgência assustadora.

Em primeiro lugar, assusta-me a passividade da polícia. Provavelmente os assaltantes ainda não foram apanhados e “o caso foi entregue à Polícia Judiciária”.
Quem se recordar do que aconteceu da última vez que algo foi “entregue à PJ”, lembrar-se-á do caso Casa Pia e do Apito Dourado. O resultado? Até à data, nada. Um ou outro bode expiatório e nada mais.
Por fim, e mesmo que sejam apanhados, os tribunais são tão ineficientes que os advogados conseguem encontrar alguma ponta solta para dissolver o (s) arguido (s).
O Primeiro-ministro, em vez de andar a perder tempo com coisas irrelevantes, deveria atender às necessidades básicas da população — a segurança.
Deveria reforçar a polícia e começar a pagar-lhes ordenados razoáveis para que haja motivação para realmente se empenharem. Resolver as burocracias e idiossincrasias dos tribunais.
Afinal, a segurança é um direito que é de todos e uma prestação primordial do Estado!Como está consagrado no Diário da República com o Artigo 143 do código penal.
Depois de realizar esta reflexão, o que posso dizer das aprendizagens que realizei?
Aprendi algumas noções básicas de segurança, cheguei à conclusão que não se está seguro em lado algum. Tomei cinhecimento do Artigo, que Consagra o Diário da República, a situações deste género.
“Resumo do 24 horas, de 12 de Outubro de 2008
Autor da notícia, Valdemar Pinheiro

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