terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Lixo eletrónico toma lugar do arroz em aldeia chinesa

Designação do trabalho:
Lixo electrónico ocupa o terreno onde antes havia arroz.
Síntese do trabalho:
Pessoas contactam com resíduos perigosos.
Seleccionei este trabalho porque:
Manifesta a aquisição de novas competências.

Os moradores de Guiyu, no desenvolvido litoral chinês, abandonaram o cultivo de arroz, que era o meio de subsistência, em prol de um negócio muito mais lucrativo, mas que prejudica sua saúde e o meio ambiente: a reciclagem do lixo eletrónico do resto do mundo. Cerca de 70% dos resíduos eletrônicos do planeta vão para a China. Violando a Convenção de Basiléia, boa parte desses dejetos vem de países desenvolvidos, e tem como destino o porto de Nanhai, na província de Cantão, sudeste do país.
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Deste local, uma rede ilegal de importadores transporta os vestígios para a pequena cidade de Guiyu. Entre pilhas de teclados, cabos e placas, homens, mulheres e crianças fundem e destroçam restos de artigos eletrónicos, principalmente computadores, sem qualquer proteção. Com isso, essas pessoas se transformam em presa fácil para as 700 substâncias tóxicas que estão contidas nesses aparelhos.
Com as mãos descobertas, 80% dos 150 mil moradores de Guiyu buscam materiais como cobre, plástico ou aço, que depois serão vendidos aos negociantes de segunda mão. "Muitos emigrantes rurais foram a Guiyu atraídos por salários de US$ 2 ou US$ 3 a hora, muito maiores do que os que ganham no campo. Eles têm que escolher entre ter dinheiro suficiente para viver ou ter saúde", afirmou Jamie Choi, responsável do Greenpeace para a área.
Neste grande despejo da sociedade da informação, mal são utilizadas máscaras, e a ferramenta mais avançada tem forma de broca, acrescentou Choi. Os males para a saúde têm um expoente devastador: 8 0% das crianças de Guiyu apresentam altos níveis de chumbo no sangue, o que causa danos nos sistemas nervoso e reprodutor, segundo constatou um estudo da Universidade de Shantou.
"As crianças, e em especial os filhos dos emigrantes, fazem os trabalhos mais simples. Ficam 24 horas trabalhando, respirando, em contato com materiais perigosos", afirma Choi. Wu Yuping, da Administração Estadual do Meio Ambiente (Saiba), ressalta que "não é possível encontrar água potável em 50 quilómetros ao redor do local", pois as substâncias tóxicas acumulam-se nas beiras do rio e infiltram-se no solo.
Em 1994, a Convenção de Basiléia, assinada por quase todos os países desenvolvidos, com excepção dos Estados Unidos, proibiu a exportação de resíduos perigosos dos países ricos aos pobres, incluídos os destinados à reciclagem. Apesar disso, a aplicação das regras da Convenção mostrou muitas falhas. "O Greenpeace viu navios que partem da Holanda rumo à China, carregados de resíduos eletrónicos", afirmou Choi.
Entre os trabalhos rotineiros está o de desmontar placas-mãe em um fogareiro caseiro de carvão, em busca dos cobiçados chips, que contêm ouro. Ou também fundir as carcaças dos computadores para transformar o PVC tóxico em peças que se destinam a objectos que, curiosamente, voltam ao mundo ocidental: as flores de plástico.
Todos os anos, o planeta produz entre 20 e 50 milhões de toneladas de resíduos eletrónicos, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo a organização, 80% deste lixo tem como destino a Ásia e, desse percentual, 90% chega à China. Embora Guiyu seja o mais conhecido, há outros lixões deste tipo em Longtan, Tali, Cantão e Taizhou (província de Zhejiang).
Apesar de a maioria dos resíduos terem como origem os países ricos, a China produz a cada ano 1,1 milhão de toneladas, número que aumenta junto com o nível de vida da população. "Nos subúrbios de cidades como Pequim ou Tianjin, há pequenas favelas dedicadas ao desmanche de objetos eletrónicos, e cujo destino final é Guiyu", afirma Choi.
O Governo estuda um projecto de lei para fazer com que os fabricantes de computadores, televisores, refrigeradores, máquinas de lavar e ar condicionados chineses sejam responsáveis pela reciclagem de seus produtos. Essa medida é uma resposta aos pedidos dos ambientalistas, que acreditam que os fabricantes devem assumir a responsabilidade por seus produtos.
No entanto, os ambientalistas afirmam que não haverá solução definitiva sem passos como o dado pela União Européia. O bloco proibiu no ano passado o uso de chumbo, mercúrio, cádmio, cromo hexavalente, bifenóis policromados e éter de bifenol policromado nos aparelhos eletrónicos.
Os habitantes de Guiyu, como este menino, estão expostos à contaminação pelo lixo electrónico

Cromo hexavalente, é reconhecido como um carcinogénico humano, via inalação.
Cádmio, normalmente é encontrado em minas de zinco, sendo empregado principalmente na fabricação de pilhas.

Chumbo é um metal tóxico, pesado, macio, maleável e pobre condutor de electricidade.


Os moradores de Guiyu, no local mais desenvolvido do litoral chinês, , tinham como subsistência o cultivo de arroz, abandonaram por causa de um negócio muito mais lucrativo, embora esse prejudicasse a sua saúde e o meio ambiente.
Esse commércio trata-se da reciclagem do lixo eletrónico do resto do mundo. Por volta de 70% dos resíduos eletrónicos do planeta vão para a China. violentando a Convenção de Basiléia. Parte desses restos vêm de países desenvolvidos, e o seu destino será o porto de Nanhai, a província de Cantão e o sudeste do país.
Em suma, há uma rede ilegal a fazer chegar estes resíduos a Guiyu.Entre placas, pilhas de teclados, cabos e computadores, criam e destroçam restos de artigos eletrónicos, sem qualquer protecção, essas pessoas estão sujeitas a 700 substâncias tóxicas, contidas nesses aparelhos.
Sem a menor protecção nas mãos, 80% dos 150 mil moradores de Guiyu procuram materiais, como cobre, plástico ou aço, que depois serão vendidos aos negociantes em segunda mão, a preços muito reduzidos para terem dinheiro para comer. 80% das crianças apresentam altos níveis de chumbo no sangue, o que causa danos nos sistemas nervoso e reprodutor, segundo um estudo da Universidade de Shantou. As crianças ficam 24 horas em contacto com esses materias perigosos.
Não existe água potável num raio de 50 km, as substâncias enfiltram-se nas beiras dos rios e do solo.
Embora hajam países que já tenham tentado acabar com este tipo de flagelo, a verdade é que ele continua a acontecer e com o passar do tempo continua a aumentar.
Entretanto, está em estudo pelo governo, a melhor maneira de se poder reciclar os electrodomésticos, a pedido dos ambientalistas. O bloco proibiu no ano passado o uso de chumbo, mercúrio, cádmio, cromo hexavalente, bifenóis policromados e éter de bifenol policromado nos aparelhos eletrónicos.
Mas enquanto não se encontram soluções estas pessoas e principalmente estas crianças, continuam a contactar com estas substâncias e quantas delas já estarão infectadas,pois o
cromo hexavalente é reconhecido como um cancerígeno humano, via inalação. O cádmio é encontrado nas pilhas e o chumbo é um metal tóxico,entre outras substâncias a que já foram expostas.
A minha sugestão é que se as pessoas não estiverem sempre a trocar os electrodomésticos, de certo a quantidade deverá diminuir.
Depois de realizar esta reflexão, o que posso dizer das aprendizagens que realizei?
Aprendi com este artigo, que muitas pessoas não se importam com os riscos que correm a manusear resíduos altamente tóxicos e de expor os seus próprios filhos, levando-os muitas vezes à morte, em troca de dinheiro, vivendo muitas vezes de uma maneira sobre humana.

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