terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Transplante de órgãos

Designação do trabalho:
Transplante de orgãos.
Síntese do trabalho:
Transplante de orgãos,como o coração,os pulmões,o fígado ou a medula óssea.
Seleccionei este trabalho porque:
Foi um desafio que me surpreendeu.
O transplante pode trazer enormes benefícios às pessoas afectadas por doenças que, de outro modo, seriam incuráveis.
O transplante de outros órgãos pressupõe geralmente encontrar um dador compatível, bem como aceitar os riscos que implica submeter-se a uma grande cirurgia, utilizar poderosos fármacos imunossupressores, enfrentar uma possível rejeição do órgão transplantado e ultrapassar complicações graves ou inclusive a morte. De qualquer modo, nos casos de pessoas cujos órgãos vitais (como o coração, os pulmões, o fígado ou a medula óssea) deixaram de funcionar correctamente e é impossível que recuperem o seu funcionamento normal, o transplante de um órgão pode oferecer-lhes a única possibilidade de sobrevivência. Chama-se transplantação, ou simplesmente transplante, o acto de colher um órgão ou tecido, ou parte deles, de um indivíduo (doador) e implantá-lo (s) em outro indivíduo (receptor) (ou, no caso de tecidos, no próprio doador). O primeiro dos transplantes que se assume como tal está imortalizado num quadro de Fra Angélico, onde se observa a intervenção dos santos Cosme e Damião, ao transplantarem a perna de um etíope negro morto, no diácono Justiniano, enquanto ele dormia. Os transplantes reflectem questões éticas relativas à experimentação no corpo humano, às decisões políticas relacionadas com a saúde, e, em sentido mais amplo questionam os limites do conceito da dignidade humana. Os tecidos ou órgãos doados podem provir de uma pessoa viva ou então de alguém que acabou de morrer. É preferível contar com tecidos e órgãos de um dador vivo, porque as possibilidades de que sejam transplantados com sucesso são maiores. No entanto, órgãos como o coração, os pulmões e os componentes do olho (a córnea e o cristalino) só podem provir de alguém que tenha morrido recentemente, em regra devido mais a um acidente do que a uma doença. Em alguns casos, várias pessoas podem beneficiar do transplante de órgãos provenientes de um único cadáver. Por exemplo, teoricamente um dador poderia fornecer córneas para duas pessoas, rins para outras duas, um fígado para um doente, pulmões para dois e ainda um coração para outra pessoa. Doação de órgãos e tecidos é a remoção de órgãos e tecidos do corpo de uma pessoa que recentemente morreu (doador cadáver) ou de um doador voluntário (doador vivo), com o propósito de transplantá-lo ou fazer um enxerto em outras pessoas vivas. Os
órgãos e tecidos são removidos com procedimentos similares a uma cirurgia, e todas as incisões (cortes) são fechadas após a conclusão da cirurgia. Estes procedimentos são realizados para que a pessoa em seu funeral não seja reconhecida como uma doadora por apresentar deformações e cortes visíveis. Pessoas de todas as idades podem ser doadores de órgãos e tecidos. Actualmente os seguinte órgãos e tecidos poder ser transplantados: pulmão, pâncreas, vasos sanguíneos, intestino, ossículos do ouvido, pele, coração, válvulas cardíacas, córneas, medula óssea, fígado, rins, tendões e meninge
Perfil dos Doadores São poucos os critérios que definem se alguém pode ou não pode ser doador. A Idade, a causa da morte clínica e o tipo sanguíneo são os mais importantes dele para saber se o órgão é compatível com o receptor. A idade do doador é menos importante do que o estado do órgão a ser doado; no entanto é raro ser usados órgãos de pessoas com mais de 70 anos de idade. Diversos motivos causam os baixos níveis de doação de órgãos. Entre eles estão a recusa familiar e a não notificação de potenciais doadores por parte dos hospitais. Através do princípio da gratuidade, o órgão ou tecido apenas poderá ser dado e nunca vendido. Uma vez que este não é um objecto manipulável, mas é antes algo dotado de individualidade própria Em Portugal, a 22 de Abril de 1993, foi publicada a Lei 12/93, lei que regulamenta a Colheita e Transplante de Órgãos e Tecidos de Origem Humana. Esta, legisla em relação à colheita em vida, a admissibilidade, a informação, o consentimento e o direito a assistência e a indemnização. No que diz respeito, à colheita em cadáveres, a lei pronuncia-se relativamente a potenciais dadores, Registo Nacional de não Dadores (RENNDA), à certificação da morte, a formalidades de certificação e aos cuidados a observar na execução da colheita. Em ambas vigora, a confidencialidade e gratuidade da doação.

A doação de órgãos pode ter muitos significados: para alguns, é só uma frase, para outros, no entanto são um acto de altruísmo, um acto de amor e solidariedade... o facto é que pode ser diferença entre a vida e a morte. O conceito de morte que predomina em nossa sociedade e nas religiões judaico-cristãs é o cardiocentrista, no qual a vida está ligada ao coração e a intervenção divina. A partir de 1959, o modelo de morte encefálica foi apresentado à sociedade e esse é a base do diagnóstico para a realização da doação de órgãos. Segundo a Associação dos doentes renais do Norte de Portugal:
“Doar o seu coração para além da sua morte, é sobreviver a essa morte. De alguma forma é a reencarnação do pobre. È também fundir-se com outro. No sentido mais médico que bíblico, é sobretudo medir-se com a criação e na sua vez dar a vida."[1]
O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, apelou em 16/12/2008 ao fim das resistências na doação de órgãos. Para o clérigo o acto de doação deve ser classificado como «generosidade fraterna», afirmou numa visita ao Hospital Curry Cabral, em Lisboa, informa a agência Lusa. Recordando que a lei portuguesa prevê que todos sejam doadores, exceptuando quem exprima expressamente o contrário, D. José Policarpo defendeu que não se «deve ter medo» da doação. «As famílias hesitam em permitir a utilização dos órgãos, que hoje é uma possibilidade de vida para tanta gente que se não a tiver morre. Devemos todos cultivar uma disponibilidade cultural e espiritual», acrescentou. Mas por que é tão difícil doar? O que existe na sociedade é um exagerado culto ao corpo, em que a presença física é uma necessidade e cuja raiz está no egoísmo. Além disso, há uma desconfiança por parte do cidadão com relação ao governo. Implementar um sistema de captação de órgãos é uma prova de coragem e seriedade dos profissionais envolvidos nos novos conceitos e padrões de qualidade de vida da sociedade moderna. O transplante de tecidos e órgãos de origem humana é cada vez mais uma solução para salvar vidas ou, no mínimo, prolongar e melhorar a qualidade de vida de milhares de pessoas doentes ou vítimas de acidentes. Em 2008, Portugal sobe para quarto melhor país europeu em doação de órgãos, informação publicada pela TSF, no dia 22/01/2009. No entanto, e apesar disso, segundo a RTP (20/12/2008), a doação de órgãos para transplante ainda é insuficiente, uma vez que mais de 55 mil pessoas na UE esperam por um órgão para transplante. Trinta por cento dos doentes acaba por falecer à espera do dador compatível. De acordo com a notícia do JN publicou de 09/11/2008, Portugal ofereceu a Espanha, nos primeiros nove meses do ano, 30 órgãos excedentários que proporcionaram 21 transplantes a espanhóis e a seis portugueses que estavam em lista de espera naquele país para receberem um pulmão. Esta colaboração já permitiu, este ano, que viessem para Portugal, com carácter urgente, três fígados espanhóis que foram transplantados em Lisboa (um) e Porto (dois). O meu apelo é que sejamos altruístas e mudemos consciências para ultrapassarmos esta nossa tendência para o egocentrismo. Acredito que certamente seu coração tem algo de bom a dizer para o mundo. Então não se cale. Não se contente com o silêncio indiferente de seus vizinhos. Como dizia Ghandi, "Seja a mudança que você quer ver no mundo." Depois de mortos não precisaremos mais dos nossos órgãos... porque não aceitar que sejam recolhidos e continuem vivos dando alegria a alguém que pode ser um pai, uma mãe, um filho, um amigo... "alguém" de muitas pessoas envolvidas, não é só a pessoa que recebe o órgão que fica grata e feliz, é muita gente a agradecer e a estampar um sorriso no rosto...Como disse Michelangelo: “eu vi o anjo no mármore e esculpi até libertá-lo”... Portanto podemos morrer como uma pedra ou sermos o anjo dentro do mármore e reconhecer a beleza do acto de doar
Depois de realizar esta reflexão, o que posso dizer das aprendizagens que realizei?
Aprendi que se pode viver e doar certos orgãos, com eles podem salvar uma vida e a nossa também fica preservada, é um acto de amor ou de solidariedade.Mas há ainda muitas pessoas que acabam por morrer por falta de compatibilidade de doadores.Com este tema descobri que as pessoas dão muito valor ao corpo, depois da morte, visto poderem doar muitos orgãos para salvar vidas e não o permitirem, em vida.

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