domingo, 8 de março de 2009

Dia Internacional da Mulher

Apesar de ter havido o incêndio em que morreram 146 trabalhadoras e que todos lamentamos, os protestos que 15000 mulheres fizeram marchando na cidade de Nova Iorque exigindo a redução de horário, melhores salários, e o direito ao voto.
Essas acções começaram a dar frutos logo nesse ano, onde foi estabelecido o Dia Internacional da Mulher, sendo celebrado por milhares de pessoas em vários pontos do mundo.
Esses feitos fizeram que com o decorrer do tempo as mulheres viessem a adquirir melhores condições de trabalho, embora os salários ainda não sejam iguais aos dois sexos, mesmo fazendo o mesmo tipo de serviço.
As mulheres conseguiram o direito ao voto e algumas assumiram alguns postos de grande importância no governo, até já tivemos uma Primeira-ministra (Maria de Lurdes Pintassilgo).
Neste momento as mulheres desempenham os mesmos serviços que os homens, na agricultura, nas obras, em cargos políticos, na saúde, educação, na tropa e existem muitas mulheres nas forças aéreas a ocupar cargos importantes.
Adquiriram o direito a tirar a carta de condução, e muitas depois de alguns reveses da vida, voltaram a estudar.
Para acabar o meu argumento, depois de muitos anos como dona de casa e mãe, na minha vida muitas coisas mudaram, tirei a carta, voltei a trabalhar, voltei a estudar, consegui mudar algumas mentalidades familiares fazendo com que me ajudem em coisas que há cinco anos, essas tarefas eram sempre para mim.

sexta-feira, 6 de março de 2009

O Meu País Inventado, Isabel Allende.

“ O Amor pelo Chile e uma grande nostalgia são a origem deste livro”

Isabel Allende, nasceu em Lima, no Peru, em 1942, tendo no entanto a nacionalidade chilena, filha de Salvador Allende foi um médico, político e estadista chileno.
.Em certos capítulos do livro, a maneira como escreve parece tão real e espectacular que nos envolve com a sua história, parecendo torná-la real. A sua infância não foi alegre, mas foi interessante. Muitas vezes depois de desligar a luz às 21.30, lia com uma lanterna que um tio lhe ofereceu, lia todos os livros que lhe iam parar à mão, não havia censura.
Como fala da sua terra e da sua gente, dos homens machistas e das mulheres corajosas, do gosto pelo apego à terra.
Mas sem dúvida é a sua infância que mais aparece retratada, pois ainda não tinha ganho raízes num lugar, logo a levavam para outro. Também tinha um caderno oferecido pela mãe para descrever as viagens. A sua família, o seu afinco à casa dos seus avós. As histórias contadas às refeições fazem lembrar de coisas que nunca aconteceram, da forma como falam delas de certos factos e situações.
A maneira como fala dos dois prémios Nobel, Pablo Neruda e Gabriela Mistral, os cantores e poetas Victor Jara e Violeta Parra, o pianista Claudio Arrau, o pintor Roberto Matta, o romancista José Donoso, para referir apenas algumas, das pessoas mais importantes para ela.
Para terminar eu acho que Isabel Allende fez uma obra do que realmente aconteceu e do que ela inventou, querendo que fosse verdade, acho também que nunca foi muito feliz, pois havia eternamente os espíritos que a acompanham, para onde quer que ela vá.
Durante a leitura que fiz ao livro, foi impossível não ficar encantada com o Chile, especialmente visto no semblante em que Isabel Allende o contempla.
Senti que a autora, sentia a presença contínua do passado, ao ver-se longe da pátria, sentia uma grande melancolia, pois achou-se peregrina e estranha, num país que deveria ser o seu, pois foi lá que cresceu, mas que sabia que jamais poderia voltar
Para finalizar gostaria de dizer que gostei do conhecimento deste livro, mas também senti que não é fácil ler esta acção e não ficar um pouco confusa, devido à complexidade do que está escrito.
Título original: Mi país inventado
Isabel Allende, 2003
Difel 82-Difusão editorial, S.A.